sexta-feira, 19 de outubro de 2012

IGNÊZ DOS SANTOS YOKOAMA
 (3 respostas)

Depoimento 
Depoimento
Quando criança, não tive muita oportunidade de estudar. Comecei  na adolescência, pois naquela época meu pai dizia que estudo não era para mulher. Por esse motivo, meu primeiro contato com os livros foi no antigo Mobral (Ensino para adultos), ali aprendi a ler e escrever.Logo entrei no antigo ginásio por admissão, porém tinha um professor muito rígido e pedia para que lêssemos um livro por mês e fizesse o resumo da estória muito minuciosamente, e eu como tinha dificuldades de leitura, morria de medo e vergonha de expor as ideias. Fui enfrentando a situação e ingressei no ensino médio, naquele tempo optávamos pela área que mais interessava e eu escolhi  matemática por gostar mais de exatas e  porque não precisava ler muito. Quando ingressei no curso superior, senti muita dificuldade em leitura e precisei estudar bastante para superar as limitações, sentia dificuldade de expressar minhas  ideias, passei a ler os clássicos de literatura, revistas e paradidáticos da minha área.Na prática docente, procuro incentivar os alunos a vencer esses anseios, a valorizar a leitura e perseverar em alcançar seus objetivos, porque sei o que sofri durante minha infância e adolescência e como consegui vencer.
Hoje aos 61 anos consigo enxergar a importância de uma boa leitura e da capacidade de se expressar. No trabalho, uso a fala e a leitura como ferramentas  de expressão e troca de experiências- que resulta em ensinar e aprender- estou aprendendo sempre.

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